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Vacina nasal é o caminho para o fim da pandemia, dizem especialistas

20, Março de 2024
Imunologia
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Com o aumento recente no número de casos de COVID-19, a pergunta que o mundo se faz é: quando a pandemia vai acabar? O Fantástico, da TV Globo, conversou com especialistas que apontam como principal caminho um novo tipo de vacina: em spray, aplicada no nariz. 

“Nós estamos num momento muito crítico da pandemia, porque o que temos visto é que o vírus evoluiu e tem evoluído rapidamente; e as vacinas não. Elas foram originalmente desenhadas para a cepa inicial, a de Wuhan”, explica a epidemiologista Denise Garrett. Wuhan é a cidade chinesa onde a pandemia começou, no fim de 2019. De lá pra cá, não param de surgir novas variantes e subvariantes do vírus, cheias de mutações. “As variantes estão se especializando em escapar da imunidade, e em quatro, cinco meses, já há uma queda significante na proteção oferecida pelas vacinas”, afirma Garrett.

As vacinas salvaram e salvam milhões de vidas, porque elas impedem, principalmente, que a doença se agrave. Mas os pesquisadores se preocupam. Segundo aqueles consultados pela reportagem da edição de 5 de junho de 2022 do Fantástico, são necessários dois avanços principais para acabar com a pandemia: criar vacinas que funcionem contra todas as variantes do vírus, porque não dá para ficar atualizando as vacinas a cada nova variante; e, em vez de dar a vacina no músculo, aplicá-la no nariz.

Isso porque o vírus da COVID-19 entra pelas vias respiratórias e, num primeiro momento, fica por ali mesmo, multiplicando-se nas mucosas – onde os anticorpos gerados pelas vacinas atuais não conseguem chegar. E, mesmo que chegassem, ali não é o lugar deles. Daí a necessidade de uma inovação.

“Se você fizer uma vacina de spray nasal, vai induzir uma resposta imune local no nariz”, diz o imunologista Jorge Kalil.

O laboratório de Jorge Kalil no Instituto do Coração, em São Paulo, e outros grupos pelo mundo estão na busca de uma vacina que ataque o vírus logo de cara e não deixe que ele se multiplique. Assim, a pessoa vacinada não se contamina e nem dá tempo de transmitir o vírus. O micróbio finalmente para de circular e a pandemia pode chegar ao fim.

“Você elimina o vírus na entrada, porque as pessoas, mesmo vacinadas, atualmente podem ainda infectar o nariz e distribuir o vírus para várias outras”, explica Kalil.

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Controlar uma pandemia num país como o Brasil é um desafio enorme. Para isso, enquanto não chega a nova geração de vacinas – o que ainda pode levar muito tempo -, resta seguir a ciência. Mesmo que não sejam perfeitas, as vacinas atuais ainda são nossa melhor defesa contra a COVID-19.

Saiba mais sobre a vacina nasal desenvolvida pelo iii.

Assista à reportagem do Fantástico na íntegra.

 

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